quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

PS NÃO ACEITARÁ QUE ALGUMAS LINHAS VERMELHAS SEJAM PISADAS

António José Seguro garantiu que existem algumas “linhas vermelhas” que o PS não deixará “que sejam pisadas”, tais como a proposta do Governo de agravamento da TSU ou “ as propostas constantes do documento do FMI”. O secretário-geral socialista afirmou, no programa Opinião Pública da SIC Notícias, que existem “linhas vermelhas” que o PS não aceitará “que sejam pisadas”.  
Como exemplo, apontou a altura em que o Governo “surpreendeu o país" com a proposta para o agravamento da Taxa Social Única, em setembro do ano passado, como uma altura em que os socialistas estiveram “muito próximo” de apresentar uma moção de censura. 

“Fui muito claro, não hesitei, e disse que se o Governo avançasse com essa proposta o PS apresentava uma moção de censura. E o Governo recuou. Eu traço linhas vermelhas. E se o Governo pisar linhas vermelhas que para nós serão impossíveis de ultrapassar naturalmente que não hesitarei e é essa a minha responsabilidade”, sublinhou. António José Seguro mencionou, ainda, “as propostas constantes do documento do FMI, se elas todas forem aplicadas ou uma parte delas for aplicada e que fira o mandato que foi atribuído ao doutor Pedro Passos Coelho, naturalmente que pisa uma linha vermelha”.
Comentando a possibilidade de um regresso próximo do país aos mercados financeiros, o dirigente socialista indicou que este “deve ser um objetivo nacional” e que “o PS contribuiu muito para isso”. “E, portanto, quando se der o regresso aos mercados é algo de muito positivo para o nosso país (…) e eu não quero fazer do regresso aos mercados um momento de disputa partidária, porque esse é um objetivo nacional e esse sentido de responsabilidade eu quero reafirmá-lo aqui”, garantiu. Acrescentou que “é importante saber quais são as taxas de juro” a que o país se financiará: “Precisamos de regressar aos mercados com taxas de juro inferiores às que estamos a pagar pela nossa dívida”.  
António José Seguro revelou que ambiciona “uma maioria absoluta, porque só com uma maioria absoluta” é que terá “estabilidade para executar a proposta” que propõe aos portugueses, acrescentando que não confunde “maioria absoluta com poder absoluto”. Considerou, ainda, “impossível governar” o país, “em particular no momento em que está”, sem “um diálogo permanente, consensos e concertação social”, mesmo “com maioria absoluta”. “E essa é uma das críticas que eu faço a este Governo, que se isolou”, aponta. O secretário-geral do PS disse ser “um defensor da estabilidade política”, recusando-se a “brincar às eleições ou à queda dos governos”.

Sem comentários:

Enviar um comentário