A TEMPESTADE DE COIMBRA!

Pedro Coimbra

Este fim de semana o mau tempo invadiu o País, praticamente de norte a sul, do litoral ao interior. Populações inteiras ficaram sem electricidade, água e comunicações. Um pouco por todo lado há prejuízos avultados. Prejuízos pessoais e económicos significativos, que se traduzem em situações aflitivas para famílias inteiras e populações, nalguns casos, desesperadas.

A todos estes, importa, para além de manifestar solidariedade que faço desde já por esta via, restabelecer rapidamente as condições normais de vida, minimizando danos e apoiando, accionando mecanismos económicos quando tal for possível e se justificar.

Na maioria dos centros urbanos, foram derrubadas árvores, sinais de trânsito, contentores do lixo, e a água nalguns casos, invadiu ruas, estradas, casas de habitação e estabelecimentos comerciais, varrendo e destruindo tudo por onde passava.

Coimbra não foi excepção! O centro urbano da cidade sofreu as marcas evidentes do temporal, tal como praticamente todas as capitais de distrito. Há, no entanto, diferentes atitudes perante o sucedido: algumas das cidades afectadas, incluindo na Região Centro, deitaram de imediato mãos à obra, desimpedindo estradas e passeios, retirando árvores caídas, postes derrubados, sinais de trânsito e outros obstáculos que, além de provocarem o caos, são autênticas ratoeiras para quem circula por estrada ou a pé.

Em Coimbra, centro urbano, aparentemente em grande parte da cidade, espera-se pelo dia seguinte... E, estou certo, os meios e os profissionais não são nem menos, nem inferiores, antes pelo contrário. O que falta, neste momento e nesta matéria, como em tantos outros momentos e como em tantos outros assuntos, é uma liderança forte, capaz de mobilizar a cidade e os seus meios. Falta a Coimbra uma voz de comando que indique o caminho, que assuma a liderança de homens e mulheres, que aproveite o que a cidade tem de melhor, para causas importantes, seja durante ou após uma tempestade, seja na definição de soluções económicas, políticas e/ou sociais.

Sem lideranças fortes, não se constroem cidades fortes, com um rumo certo e com uma visão estratégica de futuro!

Uma palavra de gratidão e reconhecimento a tantos e tantos bombeiros, a autarcas, à protecção civil e a imensos voluntários que vi pelo País inteiro que, desinteressadamente, arregaçarem as mangas para acudirem a pessoas e bens.

Mas, uma palavra muito especial de pura gratidão e enorme reconhecimento, aos autarcas de freguesia – sim, incluindo muitos daqueles que este Governo quer agora “extinguir” – que durante horas a fio, dia e noite, assisti, pessoalmente, deram o que tinham e o que não tinham, para ajudar os seus, muitos dos quais em grandes dificuldades e afastados de outros meios de socorro!

  

Pedro Coimbra

Presidente da Federação de Coimbra do Partido Socialista