Foi há dias aprovado o Orçamento
de Estado para 2013. Depois de tanto apelo, discussão e manifestação, com
“ouvidos moucos” a tudo e todos, o documento foi dado como aprovado.
Mas,
afinal quem aprovou este OE? A resposta até parece obvia. Analisemos e
reflitamos com detalhe sobre toda a informação… O PS votou contra, como não
poderia deixar de o fazer. Face a um OE centrado quase em exclusivo num aumento
bárbaro de impostos, com cortes de subsídios e pensões, sobretaxas, aumentos no
IRS, promoção do desemprego, diminuição da assistência na saúde e na educação;
um partido responsável não tinha outra qualquer opção. Até porque, das
propostas apresentadas pela bancada socialista, para que fosse minimizado o
impacto desta crise em todos nós, por inflexibilidade ou orgulho, caíram em
“saco roto”…
A restante bancada de Esquerda também votou veementemente contra.
Analisemos agora a posição dos deputados da maioria. No que respeita ao CDS/PP
houve um deputado que votou contra (tudo e todos), fazendo persistir o seu
pensamento consciente em relação à disciplina. Outros quatro apresentaram
declarações de votos.No que concerne ao PSD, inicialmente existiam 18 deputados dispostos a apresentar também declaração de voto. Estes, que certamente também não concordavam com este OE, conseguiram que fosse estendida a sua opinião a toda a bancada social-democrata, tendo esta elaborado um texto assinado por todos os 108.
Feitas as contas, parece-me que quase todos os deputados do parlamento tinham intenções de não votar a favor do OE! Parece irreal… Será que nem os próprios acreditam no trabalho que estão a desenvolver? Chegámos ao ponto de pensar: será que nem os deputados da maioria acreditam nesta política de austeridade massiva? Será que já estão conscientes de que estão mesmo a caminhar, velozmente, para o empobrecido, alienação e destruído o nosso país? Bem, não me custa acreditar que isto seja mesmo verdade…
Paulo Caseiro
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