quarta-feira, 28 de novembro de 2012

MAIS TEMPO E JUROS MAIS BAIXOS

António José Seguro congratulou-se com o acordo europeu para a Grécia, dizendo que o Governo português tem agora a “oportunidade” de pedir a mesma solução de “mais tempo e menos juros”.

“É um acordo que me deixa muito satisfeito. Em primeiro lugar, porque finalmente a União Europeia chegou a acordo para a situação difícil por que está a passar o povo grego e fundamentalmente porque a solução passa por mais tempo e menos juros”, afirmou, relembrando que é isso que defende “há muito tempo” para Portugal.

“Portugal, para fazer uma boa consolidação das suas contas públicas, para cumprir os seus compromissos, necessita de mais tempo e menos juros. O primeiro-ministro, que tem estado resignado, que tem estado calado, tem agora uma oportunidade para defender bem os interesses de Portugal, isto é, exigir no mínimo igualdade de condições para Portugal”, defendeu.

O secretário-geral do PS acrescentou que, “a confirmar-se, será uma boa notícia para Portugal”, já que não retirou “essa confirmação” das palavras do presidente do Eurogrupo no final da reunião de Bruxelas da noite passada.

O líder socialista lembrou, também, que em julho passado CDS e PSD votaram contra um ponto de uma resolução socialista que “exigia que houvesse mais tempo e menos juros a pagar por Portugal”.

“Portugal pode e deve vir a beneficiar de melhores condições para garantir um ambiente mais favorável para o crescimento económico”, declarou, dizendo que o Governo deve explicar a Bruxelas que Portugal quer cumprir os seus compromissos, mas “as condições desse cumprimento devem ser adaptadas à realidade”, que mudou desde o início do ajustamento financeiro e que o país sairá da crise por via do crescimento e não da “austeridade custe o que custar”.

Por fim, António José Seguro sublinhou que sempre defendeu “uma luta política contra” o Orçamento do Estado: “O PS opõe-se a este Orçamento, considera que é mais um instrumento da política de austeridade custe o que custar que em vez de resolver os problemas do país os tem vindo a agravar. É no terreno político que continuarei a lutar contra este Orçamento”.

“A política de austeridade custe o que custar tem um efeito bastante recessivo na economia. Já aconteceu este ano e vai acontecer com certeza para o ano. Isso significa que terá de haver mais austeridade. E mais austeridade não resolve os problemas do país, pelo contrário, agrava os problemas do país”, defendeu, referindo que Portugal tem hoje a mais elevada taxa de desemprego “da sua história” e que “a economia continua a cair”.

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