domingo, 21 de outubro de 2012

SEGURO SATISFEITO POR HOLLANDE DEFENDER POSIÇÕES CONVERGENTES COM AS SUAS PARA PORTUGAL


António José Seguro congratulou-se hoje com as posições do chefe de Estado francês sobre Portugal, sublinhando que sempre reivindicou interna e externamente a necessidade de mais tempo e juros menores no processo de ajustamento orçamental. “Estou muito satisfeito com as declarações do presidente francês, porque expressam uma convergência de pontos de vista em relação à necessidade de a Europa enfrentar esta crise colocando a prioridade no crescimento e no emprego, tal como venho defendendo há mais de um ano. Estou satisfeito, também, porque [François Hollande] se referiu a Portugal e sobre a necessidade de a Europa olhar para o nosso país e poder ajudar-nos a sair desta crise com menos sacrifícios e com menos dor, falando mesmo, em concreto, em taxas de juro mais razoáveis”, frisou.

O secretário-geral do PS considerou, também, que as declarações de François Hollande “são boas notícias para Portugal, porque ter um país como a França a referir-se expressamente a Portugal e a dizer que é preciso olhar para Portugal de uma forma diferente é algo que venho reivindicando há muitos meses”. “Verifico que há uma convergência de pontos de vista, que ficaram bem patentes na reunião que tive com o presidente de França, na quinta-feira passada”, no Palácio do Eliseu, referiu.

O líder socialista lembrou que tem defendido desde o início do seu mandato como secretário-geral do partido que a saída para a crise em Portugal “passa também por decisões no plano europeu”, já que, desde a adesão à União Económica e Monetária, o país “começou a partilhar instrumentos que anteriormente estavam sob alçada da soberania nacional”.

“Esses instrumentos precisam de ser acionados e, como tal, é preciso convencer os outros 16 Estados-membros [da zona euro] de que é importante mexer nesses instrumentos, designadamente mais tempo e menos taxas de juro. O que tenho estado a fazer é, nos fóruns em que participo, nomeadamente entre os socialistas europeus, poder influenciar, quer junto dos que estão no Governo, que são poucos infelizmente, quer aqueles que estão fora do Governo”, afirmou.

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