terça-feira, 30 de outubro de 2012

GOVERNO LEVOU O PAÍS PARA UMA SITUAÇÃO DE CAOS

“Este é um Governo que está em estado de negação e distante da realidade dos portugueses. Um Governo que levou o país para uma situação de caos e que falhou em toda a linha”. Foi desta forma que António José Seguro, reagiu ao convite do primeiro-ministro para o PS participar na 'refundação' do programa de ajustamento. Para o Secretário-geral do PS, esta proposta não é mais do que a confissão de que a política deste Governo “falhou em toda a linha”, tendo levado Portugal ao “empobrecimento e à morte da sua economia”. António José Seguro não encontra nenhuma justificação para este aceno “tardio” do Governo ao Partido Socialista e reafirmou que este é um primeiro-ministro que “está metido numa camisa de sete varas”.

Não seremos, disse Seguro," a boía de salvação do Governo, porque este Governo não tem salvação possível”. António José Seguro alertou depois para o facto de o PS “há mais de um ano ter avisado para o caminho errado do Executivo”, sublinhando que a refundação do programa de ajustamento “apenas responsabilizará o primeiro-ministro, Paulo Portas, o PSD e o CDS”.

O secretário-geral do PS quis ainda saber quando é que o primeiro-ministro avisou o Presidente da República e a Troika da sua decisão de refundar o programa de ajustamento de Portugal em 2013. Só com mais economia e mais emprego o país estará apto a estabilizar a sua economia, defendeu Seguro, pelo que precisamos de mais tempo “para estabilizar a nossa economia e de menos juros para estabilizarmos a nossa dívida”. Só neste quadro, salientou, o PS estará disposto a “avaliar as propostas do Executivo”. Quanto à carta que o primeiro-ministro anunciou ter enviado ao PS, Seguro garantiu que “nem a carta deixará de ter resposta, nem o país deixará de ter alternativa”.

O líder do PS concluiu, assim, que a refundação que faz falta “é das ideias e do caminho deste Governo”, lembrando a Passos Coelho que não deve contar com o PS para o desmantelamento do Estado Social, porque o problema, como sublinhou, “não está no Estado Social mas no fraco crescimento da economia”. António José Seguro questionou ainda o primeiro-ministro para que esclareça quem é que tem comprado dívida pública portuguesa nos recentes leilões, uma dúvida, como lembrou, que ainda não obteve resposta do ministro das Finanças. "O país precisa de saber quem são os seus credores”, defendeu. Por fim, lembrou que não faz qualquer sentido que os bancos portugueses se financiem no BCE a 1% e que o Estado português se financie junto dos bancos portugueses com taxas de 3,5% e 4,5%.

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