sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A CRISE NO ESTADO SOCIAL

A crise económica que a todos assola traz, mesmo para os menos entendidos, consequências devastadoras no domínio social. É absolutamente claro que uma redução acentuada da atividade económica se vai traduzir num aumento exponencial do desemprego. Apraz aqui salvaguardar o compromisso social que muitas entidades e patrões têm feito para “das tripas fazer coração” e manter, a muito custo, os seus trabalhadores. Quando mais nada há a fazer o destino são as portas da segurança social… 

Ora, se alguns existem que subsistem dos apoios do estado (não querendo nada fazer, porque os há), muitos necessitam mesmo do subsídio de desemprego que lhes permitirá (sobre)viver enquanto procuram o regresso à vida ativa. É aqui muito claro que todos devemos ajudar quem por uma contrariedade foi avassalado… Ora, é para estes que o corte previsto pelo atual executivo para o subsídio de desemprego se torna ainda mais dramático… Efetivamente um corte de 25 euros para quem receba cerca de 400 euros é bastante significativo… significará mais um corte ou na alimentação, ou na saúde, ou na renda, ou na água, ou no gás, ou na luz, ou na educação dos filhos, ou em qualquer outra coisa.

Compreende-se que, ao ponto a que chegámos, cortes terão que existir. E cortes na despesa claro. Mas talvez mais adequado fosse que esses cortes se aplicassem na despesa do despesismo. Quantos 25 euros se poupariam caso se evitassem tantas mordomias que ainda existem num país devastado, ou na frota automóvel, ou nos milhentos pareceres e estudos, ou nas reformas milionárias (obtidas por inerência de funções), ou …enfim… Novo rumo é necessário!
Paulo Caseiro

Sem comentários:

Enviar um comentário