quinta-feira, 25 de outubro de 2012

FUGA DE CÉREBROS….

Têm sido várias as referências aos inúmeros (e excelentes) profissionais, nomeadamente licenciados, mestrados e doutorados, que têm abandonado o nosso país à procura de uma vida melhor ou, simplesmente, de uma vida. A fuga de cérebros (ou fuga de capital humano) é, por definição, uma emigração em massa de indivíduos com aptidões técnicas ou de conhecimentos, normalmente devido a fatores como conflitos étnicos e guerras civis, falta de oportunidade, riscos à saúde ou instabilidade política.

Ora, poderemos adequar esta definição ao nosso Portugal… Os nossos jovens (e não só), com imensa capacidade técnica, capacidade de trabalho e conhecimento, têm emigrado devido a diversos fatores como o conflito da sobrevivência e da independência económica, pela família e pelos filhos, pela falta de oportunidades, pelas opções políticas desta maioria governativa e até pela saúde (que está cada vez mais cara e menos acessível). Temos assim um país que forma profissionais de excelência (reconhecidos e aceites por todo o mundo), com uma formação dispendiosa para o erário público (nós) e que irão devolver o que o país fez por eles e produzir riqueza para outros países.

De forma alguma poderemos condenar quem pela vida faz e quem o melhor procura para si e para os seus… Condenemos quem não permite a sobrevivência e a independência dos jovens, as oportunidades e a possibilidade deles devolverem à sociedade o que a sociedade lhes proporcionou (o que muitos queriam, ficando por cá!). Mais nos deverá espantar quando membros do atual governo PSD-CDS/PP se referem a este flagelo como (e cito) “sucesso de exportação de cérebros” ou, como referiu um ministro que retornou ao país para funções governativas: “A minha educação foi extraordinariamente cara. Portugal investiu na minha educação, de forma muito generosa, durante algumas décadas…”.

Necessitamos pois de políticas que alterem esta tendência e que desequilibrem esta “balança intelectual” reduzindo drasticamente a nossa “exportação de cérebros” (e de todos que a isso são obrigados…).

E já agora, se o tal ministro que regressou quer retribuir ao país a educação que recebeu, pela parte que me diz respeito, já estou compensado! A sério! Não se preocupe mais com isso…

Paulo Caseiro

1 comentário:

  1. gostei muito do artigo. é uma pena vermos tantos jovens a sair do país por não podermos dar-lhes mais. eu tambem tou farto do gaspar. por mim já agradeceu mais do que devia. viva o ps

    andré lopes

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