sábado, 8 de dezembro de 2012

PRECISÁVAMOS DE UM OUTRO PRIMEIRO MINISTRO

António José Seguro considerou que o Governo “fala a duas vozes” sobre o programa de assistência financeira, apontando óbvias divergências entre Passos Coelho e Paulo Portas. O secretário-geral do PS defendeu que as palavras do primeiro-ministro diferem das palavras preconizadas pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: “O que o país precisa é de ter um Governo que fale a uma voz e não a duas vozes em relação a uma matéria tão importante”.

“Precisávamos de um outro primeiro-ministro aí sentado que tivesse voz firme na Europa para defender os interesses do país. O senhor não tem sabido defender os interesses de Portugal na Europa”, assegurou, acusando Pedro Passos Coelho de estar “perdido”. António José Seguro contrariou a tese de que foi por pressão do atual Governo que Portugal beneficiou de uma redução no pagamento, contrapondo que essa medida resultou de uma negociação (por iniciativa grega) e que entrou em vigor em junho de 2011, “poucos dias depois de o senhor primeiro-ministro ter tomado posse”. “O que o país tem beneficiado não é por sua iniciativa. O senhor primeiro-ministro vai atrás dos outros”, sustentou.

Defendendo que é necessário “dotar de mais recursos o orçamento da União” e que “as propostas concretas existem”, o secretário-geral do PS acusou o Executivo de não ter “iniciativa, mesmo quando há dinheiro à disposição de Portugal”, referindo decisões tomadas em Bruxelas em junho que poderiam beneficiar a economia nacional. “O primeiro-ministro cruza os braços, porque se resigna, é incapaz de defender na Europa os interesses de Portugal e das empresas portuguesas”, atacou.

“O seu tempo está a esgotar-se”, acrescentou

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