Temo que a Troika tenha vindo, como já o fez no passado
recente, para legitimar a continuidade dos falhanços do Governo, abrindo
caminho a mais austeridade e ao corte de quatro mil milhões.
Por isso, seria interessante examinarmos nós a Troika. E começamos já a ter
dados, relativos a este ano, para o fazermos!
Dos dados da execução orçamental já conhecidos em 2013,
referentes a Janeiro, sabe-se que o défice da Administração Central foi de 172
milhões de euros, mais do dobro registado no mesmo mês do ano passado. Que a
Segurança Social teve um excedente de 141 milhões de euros, menos 88 milhões
que há um ano. Que a despesa da Administração Central aumentou 11,2%. Que a
receita de impostos directos aumentou 12,5% mas os impostos indirectos
diminuíram 8,1%. A receita do IVA diminuiu 4% e a despesa com o subsídio de
desemprego disparou 33,2%.
Ou seja, começa a estar à vista o resultado do Orçamento
de Estado para 2013, ainda antes do final do primeiro trimestre. O programa que
o Governo e a Troika impuseram ao povo português provocou aumento da recessão,
desemprego, calamidade social, emigração, empobrecimento das famílias, falência
de empresas, destruição de postos de trabalho e devastação do estado social.
A diminuição de receita fiscal decorre da enorme carga de impostos que o
Governo e a Troika resolveram aplicar. A Troika chumba no exame e, juntamente
com o Governo, tiveram um rotundo falhanço nas políticas erradas que impuseram.
O povo foi metido num espartilho apertado e não aguenta mais austeridade!
É evidente que Portugal e os Portugueses precisam de mais tempo para atingir o equilíbrio orçamental e para gerar condições que proporcionem o crescimento económico. São necessárias soluções políticas europeias alternativas e, por isso, é necessário responsabilizar os líderes políticos das entidades que constituem a Troika: Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional. São, em primeiro lugar, os líderes máximos destes organismos, e não os técnicos que nos visitam pela sétima vez, que são os responsáveis pelo desastre das medidas e pelo afundanço do País.
É evidente que Portugal e os Portugueses precisam de mais tempo para atingir o equilíbrio orçamental e para gerar condições que proporcionem o crescimento económico. São necessárias soluções políticas europeias alternativas e, por isso, é necessário responsabilizar os líderes políticos das entidades que constituem a Troika: Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional. São, em primeiro lugar, os líderes máximos destes organismos, e não os técnicos que nos visitam pela sétima vez, que são os responsáveis pelo desastre das medidas e pelo afundanço do País.
A Troika veio examinar o País. Mas a Troika devia
autoavaliar-se. Como não dá mostras de o fazer, e o Governo é fraco na defesa
do povo português, há que dar voz ao povo na avaliação da Troika. E já agora,
na avaliação do Governo. Foi isso que cerca de milhão e meio de portugueses,
nos quais me incluo, fizeram no sábado nas ruas das principais cidades do País!
Pedro Coimbra
Presidente da Federação de Coimbra do Partido Socialista
Pedro Coimbra
Presidente da Federação de Coimbra do Partido Socialista
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