António Pedro Devesa |
Baixar ou manter os salários não aumenta a perspetiva de vendas! Antes pelo contrário! Faz diminuir o consumo interno, e tendo como consequência, uma baixa nas vendas, sendo desse modo necessário menos pessoal e aumentando o desemprego.
Se não vou vender mais, para que é que eu vou contratar mais pessoal? Só contrato se se perspetivar um aumento do volume de negócios.
Baixar salários apenas faz baixar a despesa com pessoal das empresas e aumentar os lucros dos seus acionistas. É por isso que Belmiro não quer aumentar o salário mínimo! Quer mais lucros para os acionistas.
Aumentar o salário mínimo não fará aumentar o desemprego! Porquê? Porque a mão-de-obra existente nas empresas é aquela que elas necessitam para produzir valor. Aquele valor que resulta de (ou proporciona) uma procura. Se a empresa despedir, não pode ter tanta oferta, seja na quantidade ou na qualidade, arriscando-se a perder clientes. Ela despede se diminuir a procura.
As empresas precisam de inovação e não de mão-de-obra excessivamente barata!
António Pedro Devesa
Secretário Coordenador da Secção de Condeixa do Partido Socialista
Caro Pedro,o seu comentário faz lembrar-me a estória daquela cidadezinha onde toda a gente devia dinheiro e ninguém comprava nada estando a economia estagnada. Quando um visitante chegou ao hotel da dita cidade, antes de alugar um quarto quis ir vê-lo, mas deixou 50 euros de depósito na receção. O dono do hotel ao chegar viu o dinheiro na caixa e aproveitou para pagar a dívida ao padeiro. Este, ao ter o dinheiro pagou uma dívida a quem lhe vendia a farinha, este ao homem do talho, e aquele à massagista. A senhora ao receber o dinheiro foi pagar ao hotel a quem devia esse dinheiro.
ResponderEliminarO visitante do hotel ao ver o quarto não gostou dele e ao sair recebeu de volta o dinheiro do recepcionista, sem saber que naqueles 10 minutos em que foi ao quarto tinha feito com que todos pagassem as suas dívidas e a confiança regressasse à cidadezinha.
Será que esta estória tem alguma coisa a ver com a nossa realidade?
Bem hajam.
António Santos