Carlos Canais |
Ora, com elevado sentido de estado, e preocupação para com os portugueses, os principais responsáveis dos partidos da coligação do nosso governo central, quiseram contribuir para esta silly season. Quais Batatinha e Companhia, quiseram proporcionar aos portugueses momentos de hilariante bom humor, com tudo o que uma verdadeira palhaçada de qualidade deve ter. Desde amuos, estaladas, rasteiras aos companheiros, arrependimentos fingidos e reconciliações comoventes, de tudo houve esta semana. Para além disso a palavra “irrevogável” ganhou outros significados…
O problema é que com este episódio perdemos muito daquilo para que esforçadamente todos estivemos a contribuir nestes últimos dois anos. Estima-se que cerca de 4,2 mil milhões de euros foi o custo desta "palhaçada".
Será que o Sr. Passos Coelho e o Sr. Paulo Portas, poderiam ter evitado esta crise? Sim!
Poderia o Sr. Primeiro-ministro ter nomeado um outro ministro das Finanças que não fosse alguém que Paulo Portas havia vetado, e que ainda por demais tem um passado pouco claro (caso das swaps)? Sim!
Poderia Paulo Portas não ter pedido a demissão se afinal acabou por não sair do governo? Sim!
Mas como diz o anúncio, poder, podiam... Mas não seria a mesma coisa!
Desta forma o país confirmou 3 coisas: que Passos Coelho é teimoso e que mesmo sabendo que o que vai fazer é errado não deixa de o fazer; que Paulo Portas antes de querer saber do país, quer é saber de si próprio e do seu CDS/PP; que em Belém mora alguém sem qualquer capacidade para lá morar.
Em jeito de conclusão penso que Miguel Sousa Tavares, deve ser punido! Onde já se viu chamar palhaço ao Sr. de Belém? Isso é uma ofensa grave... Ao Sr. de Belém deve-se chamar homem-estátua! Porque se o de Belém é palhaço, como chamará aos de S. Bento e das Necessidades?
Carlos Canais
Presidente da Comissão Política Concelhia de Condeixa do Partido Socialista
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